A possível relação com outras linguagens como a performance não são descartadas uma vez em que a artista desloca uma ação intima, para o espaço público. A escolha da fala de Polisel caminha sobre encontros e desencontros daquilo que artista sente e observa. Permeiam-se, durante a fala da mesma, aspectos particulares, questionamentos sobre intenções e gestos que ultrapassam o espaço físico, procurando - sem êxito - a subjetividade que a artista procura passar. A transferência de angustias e aspirações da artista são transmitidas por um direcionamento informal e cotidiano. A escolha do suporte abre espaço para reflexões acerca de novas possibilidades de nos relacionarmos com aquilo que gostaríamos de guardar e lembrar, sem que os mesmos estejam depositados em papeis ou outros suportes de cunho tradicional.
Segundo a artista, a mídia com seis minutos de duração procura criar, pela a atmosfera e palavras ditas, uma subjetividade capaz de retornar a ela mesma como forma de reflexão e, quando mostrada ao publico, alcançá-lo como destinatários das mensagens expostas. A transmissão de tais proposições desenvolve-se de maneira rasa, em função da tentativa de imposição de uma poética que não fica clara apenas com o desmembramento do vídeo em uma série e pela tentativa de ampliação de sentidos que não se configuram em profundidade.
Nicole Turzi
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